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LANÇAMENTO
Uma narrativa poderosa sobre o movimento que vem sacudindo a Coreia do Sul e que o mundo inteiro deveria acompanhar.
Em Flores de fogo, a jornalista Hawon Jung mostra que as sul-coreanas passam longe do estereótipo de fragilidade: são corajosas, incansáveis e estão mudando o país.
Com sensibilidade e rigor jornalístico, Jung costura os relatos das protagonistas dessa história para esclarecer temas pouco compreendidos fora da Coreia do Sul, como as causas da queda da taxa de natalidade, o histórico peculiar das políticas de planejamento familiar e o descompasso entre o avanço econômico e a persistência de costumes patriarcais.


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![“Se Beauvoir de fato desejou estabelecer uma separação conceitual entre ser do sexo feminino e ser mulher é discutível. Não acredito que foi sua intenção. No entanto, a ideia de que ser mulher era ocupar um papel social feminino foi recebida como maná por muitas feministas. Não porque o objetivo direto era produzir uma teoria que acomodasse mulheres trans como mulheres; mas sim por interesse próprio, para escapar do espectro do que é conhecido como “determinismo biológico”. As feministas queriam escapar da noção, que persiste ao longo da história, de que a personalidade, o comportamento e as opções de vida de uma mulher são determinados por sua biologia feminina, tornando-a naturalmente adequada à vida doméstica, não ao trabalho profissional ou à vida intelectual.
Como apontou a teórica feminista francesa Monique Wittig, em 1981: “ao admitirmos que há uma divisão ‘natural’ entre mulheres e homens, nós […] naturalizamos os fenômenos sociais que expressam nossa opressão, tornando a mudança impossível”. Melhor então nos livrarmos completamente da divisão natural, pensaram.
Como Judith Butler, a filósofa que se tornaria guru dos estudos de gênero, escreveu em 1986: “A distinção entre sexo e gênero tem sido crucial para o antigo esforço feminista de desmascarar a equiparação de anatomia com destino […]. Com a distinção intacta, não é mais possível atribuir os valores ou funções sociais das mulheres à necessidade biológica”.
Foi uma jogada argumentativa ousada, um pouco como argumentar que um asteroide não está prestes a atingir a Terra ao redefinir a palavra “Terra” como “coisa incapaz de ser atingida por um asteroide”. Não há como afirmar se esse argumento persuadiu os conservadores a abandonarem a justificativa biológica para a exclusão de mulheres de locais de trabalho, universidades e clubes privados; mas um resultado concreto foi a abertura de um espaço conceitual para a ideia de que algumas mulheres trans poderiam ser literalmente entendidas como mulheres.”
“Material girls: por que a realidade importa para o feminismo”, de Kathleen Stock, está disponível na Amazon (link na bio).](https://scontent-iad3-2.cdninstagram.com/v/t51.29350-15/409182982_1774175516405414_6669441240094620481_n.jpg?stp=dst-jpg_e35_tt6&_nc_cat=103&ccb=1-7&_nc_sid=18de74&efg=eyJlZmdfdGFnIjoiRkVFRC5iZXN0X2ltYWdlX3VybGdlbi5DMiJ9&_nc_ohc=gPaMJZEsS_0Q7kNvwEYhDw2&_nc_oc=AdlZ0Sny3Fetk-WUYxDL_DIXy8jVV5Z20TncAUrGW-t-7ZHv5hkH01OB2hKnUJ-joCA&_nc_zt=23&_nc_ht=scontent-iad3-2.cdninstagram.com&edm=ANo9K5cEAAAA&_nc_gid=TclD-PjkZwgVYP7Yv2pkEw&oh=00_AfeWiS0M1JipH8Z1dFyVz6swefvxzpwlCuGLxfwq3uS9nA&oe=6901877F)



![El País, 10 de outubro de 2021
“Stock escreveu um best-seller intitulado “Material girls: por que a realidade importa para o feminismo”. Stock é lésbica. Nasceu em Aberdeen (Escócia), conhecida como “cidade do granito” por seus edifícios de pedra cinzenta. Ela tem 49 anos. Saiu do armário relativamente tarde. Atualmente mora com a atual companheira e dois filhos do casamento anterior. Dúvidas sobre a orientação sexual, pressões e assédios experimentados durante a infância concederam-lhe total direito de participar desse debate violento e envenenado em que pontes são apenas quebradas, jamais construídas. Um debate que envolve acusações de ódio e intolerância, e que dividiu duas gerações no que diz respeito à compreensão do feminismo. “Penso que muitas jovens ainda não têm consciência do impacto que o fato de serem mulheres terá em suas vidas. Como eu não tinha aos 19 anos”, lamenta a autora.
Stock queria responder uma pergunta que se encontra emaranhada em perigos e armadilhas: mulheres trans devem ser consideradas mulheres? Para isso, escreveu um livro rigoroso que explora as origens acadêmicas e políticas da chamada “identidade de gênero” e procura estabelecer os dados comprovados num debate contaminado por ideologia e visceralidade. [...]
O caso de Stock assinalou um momento decisivo numa das batalhas “culturais” — o mais apropriado seria “ideológicas” — das primeiras décadas do século XXI.”
Material girls: por que a realidade importa para o feminismo, de Kathleen Stock, está disponível na Amazon (link na bio).](https://scontent-iad3-1.cdninstagram.com/v/t51.29350-15/407381357_889667025895221_2355235490654932815_n.jpg?stp=dst-jpg_e35_tt6&_nc_cat=107&ccb=1-7&_nc_sid=18de74&efg=eyJlZmdfdGFnIjoiRkVFRC5iZXN0X2ltYWdlX3VybGdlbi5DMiJ9&_nc_ohc=Icwyk-fOnlkQ7kNvwHU0gtC&_nc_oc=Adkp11XwGdL2iNkQKxhKvpQMnimWLyb924_mUCFFyX8bjNiW5sCS1Mpb2tyEgGq6xZ4&_nc_zt=23&_nc_ht=scontent-iad3-1.cdninstagram.com&edm=ANo9K5cEAAAA&_nc_gid=TclD-PjkZwgVYP7Yv2pkEw&oh=00_Afc10qkPdRm9i-4zTDoyr-rdHNomyVmG2bSU7-5ZVuliPQ&oe=690186CB)




![The New York Times, 16 de outubro de 1975
“Há cerca de cinco anos, o movimento feminista redespertou e declarou guerra contra o estupro, mas o anúncio pareceu tão prático quanto a afirmação de que a luz do sol é benigna. Ora, é evidente, falamos com nossos botões, o estupro é horrível, deplorável, uma mácula na condição humana. Mas também é o caso do câncer, dos incêndios florestais e de diversos outros desastres que acometem a humanidade desde que evoluímos da espécie que nos precedeu. O que se pode fazer em relação ao estupro, além de deplorá-lo? E, além do fato de a maioria dos perpetradores serem homens (embora as vítimas não sejam necessariamente mulheres), o que o estupro tem a ver com a causa da libertação das mulheres? Seria igualmente plausível travar uma guerra contra o assassinato em defesa da libertação humana. Alguém poderia explicar, por gentileza? Bem, finalmente, no seu estudo exaustivo e detalhado, “Contra nossa vontade”, a jornalista e feminista Susan Brownmiller ofereceu uma explicação das razões que levaram o estupro a ser considerado uma questão feminista, e gradualmente compreenderemos onde ela quer chegar, pouco a pouco. […]
Ela organizou um conjunto enorme de informações em uma ferramenta multifuncional. “Contra nossa vontade” é a história do estupro em todas as suas manifestações, evidentes e sutis. Uma sessão de conscientização que forçará homens e mulheres a agonizarem com suas suposições. É uma declaração de guerra contra a guerra dos sexos, e a crença de que a civilização progrediu o suficiente para legitimá-la. É um plano prático para trazer as leis de estupro para o século XX. Não menos importante, explica por que as feministas se preocupam com a questão do estupro e o que esperam que façamos em relação a isso, para além do sentimento de incômodo.”
Contra nossa vontade, de Susan Brownmiller, está disponível na Amazon (link na bio).](https://scontent-iad3-1.cdninstagram.com/v/t51.29350-15/405196815_318021257715211_493739596522929477_n.jpg?stp=dst-jpg_e35_tt6&_nc_cat=108&ccb=1-7&_nc_sid=18de74&efg=eyJlZmdfdGFnIjoiRkVFRC5iZXN0X2ltYWdlX3VybGdlbi5DMiJ9&_nc_ohc=cW66SO3COzAQ7kNvwFi0kYg&_nc_oc=AdmAwGylgM3kTNnjvuec7R7AAVKh77nLKBd2MDw9gReATsv8h4kjfPq0rCUKWsCp6Aw&_nc_zt=23&_nc_ht=scontent-iad3-1.cdninstagram.com&edm=ANo9K5cEAAAA&_nc_gid=TclD-PjkZwgVYP7Yv2pkEw&oh=00_Aff4xxelvLl-w2qtBEagZs-STu44ziORUHZvh8-MKbigmw&oe=6901A1F7)







